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Crônicas agudas - Parábola do saquinho de moedas
Publicado em: 14 de novembro de 2008, 10:19:03  -  Lido 5962 vez(es)



> Bene falou:
> "O homem queima incensos e ervas há milênios. Inclusive porque nos parece

> bastante razoável oferecer a seres sutis aquilo que de mais sutil podemos

> produzir neste mundo - fumaça...e aromas." 

> Inclusive tem uma historinha que fala disso:

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O cheiro da comida

Muitos anos atrás, alguns viajantes pararam num caravançarai (que é um tipo de motel para beduínos, sheiks e odaliscas, no meio do deserto) para descansar. Reuniram-se então em volta de uma fogueira, e cada um começou a preparar a comida que havia trazido.

Um dos caravaneiros, homem de poucas posses, só tinha um pedaço de pão para comer e vendo então a seu lado um outro cidadão mais privilegiado que ele, a cozinhar um rico ensopado, aproximou seu pão da fumaça que saía do caldeirão, para que pegasse um pouco do aroma da comida do outro.

O homem, porém, não gostou daquilo e começou a exigir que o tuareg pagasse pelo uso da fumaça, que segundo ele, era sua propriedade.

Como aquilo virou uma discussão, chamaram um mullah (ou um derviche, shariff ou coisa assim, sei lá...) para resolver o impasse.

O sábio homem ouviu poderadamente a questão, e então disse para o primeiro homem: "Me dê aqui o dinheiro que trazes"...

O pobre homem suplicou, dizendo que só tinha umas poucas moedas, mas o juiz foi inflexível, e tomou-as dele.

Em seguida, pegou o saquinho de moedas, foi até o segundo homem, sacudiu o saquinho perto da orelha do homem e disse: "Aqui está teu pagamento. Pois o cheiro da comida se paga com o tilintar de moedas".

E em meio aos aplausos do povo frente a tanta sabedoria, enfiou o saquinho de dinheiro no próprio bolso - pois consultoria jurídica tem seu preço e ninguém trabalha de graça, nem mesmo nas terras de Alá.

Bene
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Bene Cohen, Voadores, Maio 2008


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Benedicto Cohen (Bene)
beneluxbr@yahoo.com.br


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