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>> Colunistas > Benedicto Cohen (Bene) Yesod, Sefira além do Tempo e do Espaço - Cabala e Projeção Astral Publicado em: 04 de setembro de 2006, 16:48:59 - Lido 6395 vez(es) > sempre tive muita dificuldade em conceber o nao espaco-tempo do astral, > sendo que nao tiro o relogio do braco aqui no fisico. Bom, esse é o tipo da coisa que não daria para explicar toda num e-mail só. Teríamos que ir por partes, e para começar, acho que seria bom falar um pouquinho da Árvore da Vida, originária da Cabala. Esta árvore na verdade é uma estrutura, composta por 10 esferas (cada uma delas chamada de 'sefirah' (ou sephira), que aliás é a palavra de onde se deriva o termo 'esfera'. No plural, estas esferas são chamadas de 'sefirot' (ou sephirot) Esta estrutura é usada basicamente para explicar a evolução ou a história de qualquer coisa, desde à idéia, em planos superiores, até sua concretização, no plano material. O caminho em zig-zag, desde o topo até a base é comparado a um raio. Só para dar uma idéia geral, as sefirot, na tal árvore, (as esferas sendo aqui representadas pelos " o " minúsculos) são dispostas da seguinte forma: o Kether (a coroa) Binah (compreensão) o o Hochma (sabedoria) Gevura (julgamento) o o Hesed (misericórdia) o Tepheret (beleza) Hod (reverberação) o o Netzah (eternidade) o Yesod (fundação) o Malkhut (o reino) Bom, cada um destes atributos tem um significado muito maior e mais abrangente do que a simples palavra usada para traduzi-los. Assim, Malkhut, por exemplo, significa o reino, mas também o mundo material, o cenário real onde alguma coisa é efetivamente colocada em prática, neste mundo. O assunto é complicado, pois as esferas podem operar em duplas e tríades e também de baixo para cima na árvore, mas para o momento usaremos um exemplo que se aplica ao que estamos querendo dizer. Imaginemos que Deus, no dia da Criação, resolve criar um cavalo. Ou que um homem resolve escrever um livro. Esta decisão entra como um relâmpago na esfera de Kether, ainda no plano espiritual. Dali, a ideia é desenvolvida em Binah, aprimorada em Hochma, avaliada em Gevurah, suavizada em Hesed, suas qualidades são estabelecidas em Tepheret, ela é vibrada em Hod, eternizada em Netzah e.... ....cristalizada em Yesod, que é o que nos interessa no momento. Yesod é o mundo mental onde 'viverá' o exemplo no qual o objeto se espelhará, para ser finalmente refletido no mundo material de Malkhut, aqui onde vivemos. Yesod é o plano astral, ou algo bem próximo disto. É o lugar onde tudo existe em duplicata (na verdade, não é bem duplicata, mas sim um outro existir), porém num nível psíquico. E sendo um nível psíquico, não está sujeito ao tempo ou ao espaço. Para penetrarmos neste mundo precisamos transferir nossa consciência para o corpo que temos naquele plano. No momento em que fazemos isto, deixamos de atuar nas nossas coordenadas comuns, e passamos a sofrer a influência das coordenadas de lá. Evidentemente que agindo num plano psíquico e eterno, repositório e espelho de tudo que existiu, existe e (hipoteticamente) existirá, não poderemos mais nos reger segundo os conceitos de tempo e espaço aplicáveis a um universo materializado e em constante processo de renovação / desgaste / aniquiliação. Deste modo, posso visitar um 'hoje' qualquer que esteja cristalizado lá, sem que isto exija necessariamente uma equivalência com o 'hoje' daqui. (Claro que isto é só uma idéia geral, com muitas arestas a polir, mas a essência é esta. ) Bene -- Benedicto Cohen (Bene) beneluxbr@yahoo.com.br
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